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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vender ou não vender?

Embora compreenda que a situação actual não está fácil e que todos temos de fazer por nós e pelos nossos, faz-me ainda uma certa confusão o desapego que as pessoas têm pelos trabalhos que fazem....falo em particular de trabalhos "handmade craft".
Todos os dias faço uma peça diferente, ou parecida com outra anterior mas com alguma inovação para assim tentar superar as minhas capacidades. É muito difícil para mim vender uma peça produzida pelas minhas mãos...raramente o faço, prefiro que me façam uma encomenda mais ao jeito de quem a vai receber, que não me pertença de alma....
Mas vejo que por motivos alheios uns e outros fazem peças de qualidade duvidosa, pelo menos ao meu critico olhar, e espalham a sua venda pelas mais diversas redes sociais. Será que sentem realmente o que fazem? O que depositam nesse objecto transformado? Nada talvez, ou assim como assim uma forma de ganhar o precioso que lhes falta.
Muitas destas pessoas não têm verdadeira falta de valores na sua carteira, nem o fazem para alimentar as barrigas dos seus....fazem por fazer, tentativas de saliências neste tipo de "mercado" que apenas precisa de um pouco mais de paixão.
Pois é isso que falta em geral aos comuns....paixão pelo que fazem, apego aos seus bens....materiais mas fundamentalmente morais.
Chega o tempo em que tudo se vende, alma, corpo, e a própria vida. É pena que assim seja, mas isto tudo me faz pareçer que estamos próximos de ditos países do terceiro mundo.....Será?

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Terapia das Malas no Aeroporto.......

Ontem, finalmente, comecei a perceber um pouco porque motivo gosto tanto de malas.....
Nunca me tinha ocorrido pensar desta forma e por isso é importante tentar ver as coisas pelos olhos de quem está de fora. Assim foi um esclarecimento relativamente a situações que surgiram e continuam a surgir na minha vida....provavelmente serei sempre assim, mas penso que talvez possa mudar um pouco ainda essa condição. Para meu bem e primeiro lugar e assim para o bem dos que verdadeiramente me amam....
Tal como quem me explicou o que se passava a realidade é que carrego malas, malas, muitas malas.....malas essas que não são minhas. Pois é bem verdade que o faço, fiz e farei....mas a minha mala é bem grande e é essa que tenho então de carregar.
Tenho tido de facto, nos últimos 15 anos uma grande ajuda nesse grande fardo que se transformou a minha mala, mas a verdade é que em apenas 2 anos ( os últimos) peguei numa série de outras malas que não as minhas.
O conselho foi largá-las. Mas não é fácil pois habituei-me a carregá-las e é muito difícil deixá-las assim de um momento para o outro. Tenho, porém de o fazer e com a máxima urgência e deixar a minha, tratá-la e aliviar um pouco do seu peso.
Existe muito ainda por perceber, como fazer, como largar sem deixar de sentir remorsos, sem me preocupar, sem sequer olhar para trás.
Muitas pessoas que surgiram na minha vida, nos últimos 2 anos em particular, ensináram-me já muito que não tinha aprendido, na vida cor de rosa imaginária. Umas mostraram o lado bom do ser humano mas outras mostraram o verdadeiro inferno, o egoismo e a ignorância.
Quero guardar em mim só as que me fizéram acreditar que existem pessoas com integridade, com princípios e honestidade. Farei e deixarei todas as outras juntas às suas malas e no aeroporto. Não as trarei de volta, nem carregarei mais as suas malas ....não são minhas mesmo!
Sempre gostei muito de dar, dar coisinhas, dar carinho, dar afecto, dar tempo, dar o que tinha e o que não tinha. Nunca esperei nada em troca, dou para me sentir bem, mas aprendi que não devo dar a todos, só a alguns.
Sinceramente não descobri ainda se esses alguns são os que penso dever ser, mas saberei mais tarde ou mais cedo.
Até lá prometo que pelo menos não pegarei em mais nenhuma mala alheia!!!! Para ti também Ana....