Ao longo da minha curta vida neste planeta, deparei-me com os mais diversos tipos de pessoas ( e certamente ainda desconheço alguns...). Pessoas essas que se cruzáram no meu caminho, ou eu no delas, dependendo da perspectiva, de forma natural outras nem tanto...
Poucas permanecem no meu presente pelos mais diversos motivos, mas as que permanecem são as que realmente me importam, que têm significado na minha e para a minha existência.
Aprendi bem cedo, que qualquer ser humano é capaz de fazer tudo, tudo mesmo...e todos nós não podemos afirmar com certeza que não faremos ou tomaremos determinada atitude ou reacção.
Aprendi que a única forma de se sobreviver neste mundo é sendo amado, tendo essa premissa como garantida dá-nos força e estabilidade. Vejo esse amor apoiar muitas vidas e presencio diversas vezes ao resultado que daí advem. É sempre bom...
Mas a par de toda a generosidade e da capaciadade que o ser humano tem de amar, também facilmente repudia esse mesmo amor, através da ingratidão, da incapacidade de perceber que alguém esteve a seu lado, e do seu grande orgulho.
É isso, descobri que o homem é o ser mais orgulhoso que possa existir e talvez seja isso que nos distingue dos nossos queridos animais...não acredito que estes não desenvolvam sentimentos idênticos ao amor.
O homem guarda o orgulho na sua barriga e é esse mesmo orgulho que o alimenta diáriamente. Não é bom, não é saudável e acima de tudo é algo mortifero, para si e para os que o rodeiam.
Nos últimos anos, ajudei de diversas formas muitas pessoas. Monetáriamente (a mais fácil), emocinalmente e claro escutando, ouvindo, trabalhando, auxiliando, tranquilizando, sem receber nada, nada mesmo em troca.
Aos meus ouvidos chegaram palavras de quem realmente precisava de ajuda e de quem pura e simplesmente pretendia tirar algum partido da minha boa vontade.
Facilmente me comovo com estórias dramáticas, que envolvem sentimentos, perdas....oiço, ajudo, dou tudo o que tenho e faço o ímpossivel para dar o que não tenho.
Depois, mais tarde, chego sempre à mesma conclusão; não vale a pena...
Esse necessitado ( o que precisa de ajuda) nem sempre precisa dela, só pretende mesmo atenção, projecção e oportunidades, mais nada. Senta-se à mesa, chora, come, leva ainda as sobras para casa, suja tudo à volta e depois no dia seguinte cospe no pratinho que no dia anterior o alimentou...pois são assim algumas senhoras de hoje em dia(não todas, para nosso bem!), já lhes falta a delicadeza de outrora, de quando nem direitos tinham....(por bem hoje temos alguns...)
Todos estes factos são realmente uma pena de acontecerem...tornaram-me numa pessoa mais dura, insensível e desconfiada, com pouca capacidade de audição, se é que me entendem...mas não seremos todos assim? Adultos egocêntricos, egoístas, inflexiveis? Gente crescida.....(de corpo, claro!)
Hoje só dou atenção a quem quero e não a quem acho que precisa, pois sei que estarei de novo a cair na mesma conversa do coitadinho e desgraçadinho que não tem dinheiro para se divertir...ops...para comer.
Dói-me ser assim, mas talvez me passe um dia, quem sabe se não serei também um caso de sucesso prodigioso e nada disto me afecte, sim porque se formos ver bem as coisas o que dirá o nosso querido Cristiano e outros assim, quando têm bandos de ....a picar no seu bolo pelo qual arduamente trabalham. Deve doer-lhe também ser imune a tudo isso mas é para essas situações que são criadas as vacinas, e por isso mesmo posso dizer que fiquei vacinada.
Chegou a hora de procurar as raízes, daqueles que estiveram e conviveram comigo mal sabiamos falar, sabemos assim que procuramos não só a infância como principalmente a sua inocência e graciosidade. O resgate desses tempos outrora vividos é deveras fantástico e relembra tudo o que se viveu, de bom e menos bom. Lembra as amiguinhas, os colegas, os professores, a simplicidade da vida e os medos próprios da infância. Na altura esses medos não sabiam bem, agora quase não nos lembramos deles. É sempre assim...esquecemos a parte menos boa da vida e é isso que nos permite seguir caminho, ou pura e simplesmente parar, que é sempre uma opção válida.
Chegou a hora de procurar as raízes, daqueles que estiveram e conviveram comigo mal sabiamos falar, sabemos assim que procuramos não só a infância como principalmente a sua inocência e graciosidade. O resgate desses tempos outrora vividos é deveras fantástico e relembra tudo o que se viveu, de bom e menos bom. Lembra as amiguinhas, os colegas, os professores, a simplicidade da vida e os medos próprios da infância. Na altura esses medos não sabiam bem, agora quase não nos lembramos deles. É sempre assim...esquecemos a parte menos boa da vida e é isso que nos permite seguir caminho, ou pura e simplesmente parar, que é sempre uma opção válida.
Ainda assim deixo um beijinho a quem mereçe (as fofinhas)e sabe disso...
Concordo plenamente contigo, mas sinto que estou ainda aprender...estou mais calejada, dorida, com a forma com que tive de descobrir quem eram realmente certas pessoas. Mas acredito que cada parte menos boa da nossa viagem só nos permite crescer e tentar ser melhores ainda.
ResponderEliminarSer quem sou e, cuidar mais de mim passou cada vez mais a ser minha prioridade.
Aprendemos com a vida miúda.
ResponderEliminarNem sempre é fácil.
E mesmo que digamos que não nos vamos importar com certas coisas que nos acontecem a verdade é que a maior parte das vezes (falo por mim, mas penso que não serei muito diferente da maior parte das pessoas) as coisas à voltam acabam por deixar mossa.
Esta semana tenho pensado muito, parte dos pensamentos muito idênticos aos teus. Mas mais numa perspectiva contrária. Ou seja, que quando estava (como eu digo) no tempo das "vacas gordas" sempre fui pessoa de agir como tu - ajudar amigos e família que precisavam, sem pedir nada em troca, apenas porque sabia que certas "ajudas" poderiam manter algumas pessoas por perto e eu gostava da sua companhia (do género de pagar um jantar a uma amiga, levar uma amiga a um espectáculo quando ela não o podia fazer por sua conta, etc - muito do género que sei que tu também fazes ;o)
Tenho pensado muito esta semana que às vezes, quando somos nós a precisar de alguma ajuda e que compreendam que algumas situações mudam e que não podemos acompanhar certas coisas, certas pessoas ou não entendem ou não ligam a mínima.
Acredita que estas situações custam ainda mais quando se passam família - pessoas que supostamente estarão sempre ao nosso lado para ajudar e compreender quando é suposto.
Tenho aprendido que há realmente pessoas que se preocupam connosco e isso às vezes nota-se em pequenos gestos. No meu caso mãe e irmã têm sido grande apoio. Já por outro lado certa parte da família (e por vezes quanto mais dinheiro detêm parece que menos querem compreender as situaçãoes...) afasta-se ainda mais em vez de tentar que as pessoas se aproximem em épocas "menos boas".
Mas realmente as acções e as atitudes perduram e cá estaremos para as recordar (ou não, quando se tem tendência para esquecer as más atitudes, como eu tenho...).
Quanto à tua procura de raízes, fazes bem ;o) digo eu. Tenho encontrado ultimamente amizades antigas e acho isso engraçado.
ResponderEliminarDe qualquer maneira digo-te que não te iludas. Desses tempos e dessas pessoas acabaste, possivelmente, por conhecer apenas o lado bom e não se pode dizer que se gosta realmente de alguém sem se conhecer também o lado "menos bom" ;o)
Sei (até porque o escreves aqui) que tens tendência para fantasiar e para criar amizades com quanse toda a gente que conheces. No fundo és uma romântica - também já o fui. Aprendi com a vida que nem toda a gente pode ser nossa amiga e que em certas situações não tem de acontecer. Não temos de gostar de toda a gente assim como toda a gente não tem de gostar de nós.
O facto de te tornares uma pessoa mais dura, insensível e desconfiada faz parte da aprendizagem da vida. Acho que acontece um pouco a toda a gente.
Mas não deixes que isso te faça perder a capacidade de sonhar, amar e sorrir, e de em certas ocasiões dares o benefício da dúvida.
E concordo com a Cristina que diz que está ainda a aprender. Apesar de tudo pelo que passamos na vida tudo é aprendizagem.
O bom, o "menos bom", o que fazemos bem, o que fazemos "menos bem". Por vezes acertamos, por vezes erramos e por vezes tentamos concertar os erros. Tudo serve como aprendizagem e como crescimento.
E por muito que digamos que estamos calejadas e que já não nos iludimos e que a partir de agora é diferente... nem sempre isso acontece ;o)
Dar o benefício da dúvida, não esperar tanto das pessoas para não nos desiludirem, são pequenos passos que ajudam.
Nunca esquecendo que todos somos humanos e que um dia nos desiludem, outro dia somos nós quem desilude alguém. Ninguém é perfeito e cada um vive com a sua verdade - o que para mim é mau pode não o ser para outra pessoa, o que uma pessoa faz com boas intenções outra pode entender como algo mau, o que para mim é normal para outra pessoa pode ser estranho, etc etc.
E desculpa o testamento ;o) como disse esta semana foi semana de muitos pensamentos. Vou começar uma nova etapa da minha vida e como todas as etapas tem coisas boas e coisas "menos boas" - neste momento as "menos boas" (como estar menos tempo com a minha filha...) estão ainda a pesar mais que as boas mas em breve as coisas equilibram-se.
Fica bem e cuida de ti, isso é que interessa!
Beijocas :o*